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Mesmo com chuvas, nível do Cantareira preocupa PCJ

Foto: Leandro Las Casas

Apesar das chuvas das últimas semanas, o Sistema Cantareira fechou 2017 com níveis similares aos de dezembro de 2013, ano que precedeu a pior crise hídrica dos últimos 90 anos no estado de São Paulo. O secretário-executivo do Consórcio das Bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, Francisco Lahóz, diz não querer ser alarmista, mas não nega que a preocupação para o restante de 2018 existe.

Cinco anos atrás, a vazão para a Grande São Paulo era de 31 m³/s e o volume das represas era de 38%. No final do ano passado, quando a vazão para a Capital Paulista foi de 20 m³/s, a reserva estava em 41%. Ou seja, se a quantidade de água liberada fosse a mesma do período anterior a 2014 e 2015, Lahóz alega que o panorama seria exatamente o mesmo, podendo trazer de volta a necessidade do volume morto.

O entendimento é de que os eventos extremos podem se tornar mais comuns devido às mudanças climáticas. No ano passado, por exemplo, choveu bastante, mas não o suficiente para recuperar o lençol freático. A avaliação foi feita pelos técnicos e especialistas do Sistema de Gerenciamento dos Recursos Hídricos do Consórcio PCJ, que compararam as precipitações médias anuais e o volume do Sistema Cantareira.

E por isso conclusão é de que a realidade crítica depende dos índices de chuvas nos próximos meses para se repetir. Em outras palavras, se chover pouco principalmente no verão, o alerta precisa ser ligado. Com isso, o secretário-executivo, Francisco Lahóz, reconhece que torce para que as chuvas frequentes neste início de ano continuem por toda a região, mas relembra de necessidade do consumo consciente.

Procurada, a Pasta Estadual de Recursos Hídricos informou que “as condições dos mananciais estão dentro do esperado para esta época” e que “o período chuvoso fica concentrado entre os meses de outubro e março”. A nota ainda alega que “o volume das represas tende a subir gradativamente, especialmente de janeiro a março” e que atualmente “a Sabesp tem um sistema de abastecimento mais robusto, com mais interligações”.

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