A Operação Vidocq do Gaeco do Ministério Público cumpriu 17 mandados de prisão e teve duas em flagrante no inquérito que investiga roubo de carga na região de Campinas, interior de São Paulo, nesta quarta-feira.
Pelas investigações, a quadrilha atuaria com algumas particularidades. Criminosos se passariam por policiais militares, simulando blitz ou pedindo carona nas rodovias. Quem explica é promotor, Jandir Torres Neto.
Dois policiais militares de Paulínia, um policial civil e um guarda municipal de Cosmópolis estão entre os presos, na operação. Entre as principais hipóteses a de que eles facilitariam o acesso às fardas.
Outras hipóteses de participação dos policiais são de favorecimento em investigações, ou fornecimento de informação privilegiada de cargas, por exemplo.
Além das prisões, 22 mandados de busca e apreensão foram cumpridos, com três pistolas, munição, dinheiro e uniformes da polícia militar apreendidos.
Os dois detidos em flagrante estavam fardados, mesmo sem serem policiais. O Batalhão de Ações Especiais da PM deu apoio a essa operação e o comandante do Baep, Cel. Marci Elber acredita que eles estavam prontos para praticar um roubo de carga.
As investigações começaram em novembro do ano passado e teriam sido praticados pelo menos 20 roubos de carga na região de Campinas. Na ação desta quarta-feira, parcelas de cargas variadas foram apreendidas nos locais das buscas, entre elas carne, camarão, frango e chocolate, que tinham espaços específicos para armazenagem.
Possíveis receptores e até envolvimento de caminhoneiros nos roubos, também serão alvos de investigação.