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Empresas que operam transporte público em Campinas reduziram a frota em 40% por falta de combustível

As empresas que operam o transporte público em Campinas informaram que reduziram em 40% o número de ônibus nas ruas, durante os horários de pico, por falta de combustível. A medida foi tomada no final da tarde desta quarta-feira e deve se estender nesta quinta-feira, segundo o sindicato que representa a categoria. A justificativa para a redução é a greve dos caminhoneiros, que bloquearam as bases de abastecimento de combustíveis próximas às principais refinarias do Estado, em Paulínia, Santos, São José dos Campos, Ribeirão Preto, Sorocaba e Barueri.

Os motoristas de caminhão protestam, desde a segunda-feira, contra os sucessivos aumentos no valor do diesel. Nos últimos 12 meses, esse combustível foi reajustado em 56,5%, bem acima da inflação. Em Campinas, rodam 831 ônibus diariamente apenas levando-se em conta as cinco concessionárias operadoras. O consumo diário de óleo diesel pelas concessionárias de Campinas é de 124 mil litros. O diretor de comunicação do SetCamp, Paulo Bardal, afirmou que o plano de contingenciamento é necessário para evitar um colapso no transporte público de Campinas. Ele afirma que a proposta foi apresentada e, logo em seguida, aprovada pela Emdec.

O plano emergencial adotado pelo SetCamp tem o respaldo do Recap, o sindicato que representa os donos de postos de combustíveis de Campinas e região. Para o presidente da entidade, a situação é preocupante e o desabastecimento já deve começar a ser sentido pela população. A Emdec informou por nota que adotou as medidas operacionais sugeridas pelo SetCamp para reduzir o risco de paralisação total da frota do transporte público coletivo por falta de diesel.

O setor de aviação também começa a sentir os reflexos da greve. A Infraero alertou que os aeroportos de Congonhas, Recife, Palmas, Maceió e Aracaju só tinham combustíveis para esta quarta-feira. Já Viracopos informou que o reabastecimento foi feito normalmente nesta quarta-feira e o estoque deve durar até o final da tarde de sexta-feira. A greve dos caminhoneiros autônomos começou na última segunda-feira e tem impactos na oferta de produtos e serviços comuns, como alimentos, combustíveis, cartas e transporte público em várias regiões do país.

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