A Polícia Civil de Campinas identificou e indiciou o torcedor do Guarani que matou o torcedor da Ponte Preta, Leonardo Bernardes, de 18 anos, no último sábado, antes do dérbi que aconteceu no estádio Brinco de Ouro da Princesa. O setor de homicídios não divulgou a identidade do autor do disparo, mas informou que ele se apresentou no distrito policial, prestou depoimento e foi liberado.
Segundo a investigação, o torcedor do Guarani alegou legítima defesa, já que teria tido sua casa, no bairro São Bernardo, invadida pelos ponte pretanos. Para o delegado do setor de homicídios de Campinas, Rui Pegolo, apesar do homem ter confessado o crime, ainda não há elementos que justifiquem a prisão. Ele afirma que além de ter alegado legítima defesa, o torcedor do Guarani se apresentou voluntariamente e não tem antecedentes criminais.
A investigação apontou ainda que um grupo de pelo menos 40 ponte pretanos, entre eles a vítima Leonardo Bernardes, se reuniu em frente ao estádio Moisés Lucarelli por volta das 11 horas da manhã de sábado. Armados com pedaços de pau e pedras, eles deixaram o local em carros e motos, em busca de torcedores do time rival para brigar. Quando chegaram ao bairro São Bernardo, encontram um grupo menor de bugrinos, formado por sete pessoas. Os torcedores do Guarani correram para dentro da casa do suspeito, que sacou a arma e efetuou os disparos, como afirmou o delegado Rui Pegolo.
O torcedor do Guarani que confessou ter atirado contra o grupo ponte pretano não apresentou a arma usada no crime. Ele disse aos policiais que o revólver calibre 38 era ilegal e que depois da confusão, jogou a arma em um rio.
