Os caminhoneiros em greve, que estão concentrados em frente à refinaria de Paulínia, lamentaram o pronunciamento do presidente da República, Michel Temer, que disse que acionou as forças federais para desbloquear as estradas. Os manifestantes dizem que estão em seu direito e que vão continuar parados neste final de semana. A greve, que completa sua primeira semana, já trouxe reflexos em todo o país, principalmente com o desabastecimento nos postos de combustíveis.
O governo federal chegou a informar que havia fechado um acordo junto ao sindicato da categoria que colocaria fim ao movimento grevista, mas os trabalhadores disseram que a entidade não os representa. Temer optou por acionar as forças federais depois de se reunir com ministros para uma avaliação de segurança no país, já que a greve dos caminhoneiros continuou, apesar deste acordo. Segundo um dos representantes do grupo que manifesta em frente à Replan, Edcarlos Bush, faltou tato ao presidente da República em buscar uma solução para o impasse.
Em razão da paralisação, faltam alimentos em supermercados e combustível em postos de gasolina. O transporte coletivo em diversas cidades foi afetado, indústrias pararam atividades e voos começaram a ser cancelados por falta de combustível nos aeroportos.
