18 de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. De um lado a educação, o preparo e a sensibilidade de pais, familiares, amigos e educadores. Do outro, o trabalho da polícia, que precisa ser técnico, especializado e meticuloso.
As falas são do Delegado Assistente do Deinter 2, Luis Francisco Segantin Júnior, que aposta na criação de um ambiente propício para que a criança vítima de abuso sexual tenha como entender e contar o que de fato aconteceu com ela.
Mas além da família, Segantin cita a chamada rede de apoio, formada por instituições, especialistas e pelas próprias unidades de ensino, já que a maioria dos casos acontece com parentes próximos e envolvem pais, mães, tios e avós.
Nestes casos, a psicóloga Priscila Junqueira afirma que o sofrimento não é só danoso naquele período da vida do menor, mas também deixa marcas e cicatrizes que podem abalar e prejudicar a pessoa pelo resto da vida adulta.
A psicóloga cita uma série de indícios que as vítimas de abuso podem apresentar. Entre eles, a queda no desempenho escolar, a falta de sono e a irritação além do normal. Por isso, o círculo social do menor pode ser útil.
Para o delegado Segantin, o combate à pedofilia no Brasil está mais em evidência. Além da maior conscientização, vê avanço na tecnologia e no conhecimento dos órgãos de repressão contra a forma organizada do crime.
Dados do Disque 100 dos Direitos Humanos mostram que 70% das vítimas de estupro no País são crianças e adolescentes. Em Campinas, 274 menores de idade foram alvos de violência sexual em 2017, conforme dados da Prefeitura. Do total, ainda de acordo com a Pasta Municipal de Saúde, 65% são meninos e meninas de 0 a 11 anos e 35% de 12 a 17 anos.