Foi sancionada pelo prefeito de Campinas, Jonas Donizette, do PSB, a Lei Lucas, que torna obrigatória a formação em primeiros socorros para professores e funcionários das escolas do município.
Com isso, profissionais da rede pública e privada devem passar pelo curso. A proposta recebeu esse nome em homenagem a Lucas Zamora, que morreu engasgado em um passeio escolar no ano passado.
As aulas de capacitação serão dadas pela Rede Mário Gatti em parceria com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Ao todo, são quatro horas, divididas em atividades práticas e teóricas.
De acordo com Jonas, unidades públicas receberão as equipes de treinamento gratuitamente. No caso da rede privada, o valor a ser pago será o de custo do dia de trabalho dos socorristas do Samu.
Em caso de descumprimento, o texto prevê primeiramente advertência e multas de até R$ 5 mil se houver reincidência. Também há o risco de cassação do alvará de funcionamento nas escolas particulares.
A lei é de autoria de um grupo de vereadores após a mobilização da família do estudante, que tinha 10 anos quando se engasgou com um lanche durante uma excursão em setembro do ano passado.
A mãe de Lucas, Alessandra Zamora, se diz satisfeita depois de tanto esforço para transformar o próprio luto em resultado para outras crianças. Ao lado da irmã, ela conseguiu levar a ideia à Brasília.
Segundo a Prefeitura, em Campinas, a formação dos profissionais já é feita desde 2001. Somente entre 2017 e 2018, foram formados mais de 900 profissionais das unidades municipais.