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Pastor acusado de estupro tem prisão temporária decretada

Um pastor evangélico de 47 anos foi preso em Paulínia acusado de crimes sexuais contra adolescentes de 14, 15 e 17 anos. As investigações tiveram início há mais de um mês, após denúncia das três menores de idade que eram fiéis da igreja Caminhos em Cristo.

As jovens relataram que o homem mantinha contato frequente com elas através de um aplicativo de mensagens de celular. Nas conversas obtidas pelos investigadores, o líder religioso fazia comentários, perguntas e ainda relatos de teor sexual. Em uma das mensagens recuperadas pela Polícia Civil, o acusado falava sobre o próprio órgão genital com uma das vítimas.

O delegado titular da cidade, Rodrigo Galazzo, afirma ainda que uma das garotas contou ter sido agarrada à força pelo pastor. Com isso, Edvaldo Paulo da Silva foi indiciado por três crimes: estupro de vulnerável, assédio sexual e mediação para a lascívia.

Com base nas imagens das conversas e nos depoimentos das adolescentes, no entanto, o delegado suspeita que existam outras vítimas. O homem foi ouvido formalmente e negou todas as acusações. O advogado dele, Wellington Marabeis,  nega qualquer crime.

De acordo com a defesa, há uma conspiração orquestrada por alguns fiéis para desacreditar e atingir a reputação do religioso. Além disso, alegou que as mensagens apresentadas estão fora de contexto, mas não divulgou detalhes sobre isso.

As denúncias chegaram à polícia em março e a prisão foi decretada em abril. Desde então, o pastor era considerado foragido. Ele se apresentou no início de maio e teve a prisão temporária decretada. Nos próximos 30 dias, o delegado quer colher mais provas.

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