O Sindicato dos Postos de Campinas e Região e a Associação Nacional das Distribuidoras de Combustíveis esperam pela suspensão dos comboios para que a entrega dos carregamentos e o abastecimento sejam normalizados na RMC.
As duas entidades reconhecem a importância das escoltas durante a greve dos caminhoneiros, mas alegam que o esquema de entrega conjunta com acompanhamento dos órgãos de segurança diminui a capacidade de operação.
O presidente do Recap, Flávio Campos, justifica que a liminar na Justiça que determina a autuação do manifestante e estipula multa de R$ 10 mil em caso de bloqueio serve para garantir a segurança dos motoristas e o serviço à população.
Ele explica que a retomada dos trajetos dos caminhões-tanque sem escolta depende dos desdobramentos do movimento em frente à Replan. Se isso ocorrer, a expectativa é que a normalização aconteça até o final de semana.
Ao todo, Campinas possui 173 postos de combustíveis que vendem de três a quatro milhões de litros de combustíveis por dia. Os volumes de entregas variam, mas durante a greve todos os reservatórios da cidade ficaram vazios.
Mas mesmo com os carregamentos feitos com o monitoramento das forças de segurança nos últimos dias, as dificuldades continuaram, já que todos os estabelecimentos receberam quantidades limitadas de etanol e gasolina.
Com o estoque escasso e a necessidade de prioridade para veículos de serviços essenciais, muitos locais limitaram a venda em reais ou litros, situação que deve seguir se cada posto não conseguir o fornecimento conforme a necessidade.
Por esse motivo, o conselheiro da Plural, Associação Nacional das Distribuidoras, Ricardo Mussa, justifica a espera pela normalização do transporte, já que os comboios atrasam e reduzem a capacidade de operação.
De acordo com Mussa, as regiões Sul e Sudeste são as que encontram mais dificuldades para a distribuição. Entre os estados, Santa Catarina é ainda o que possui mais bloqueios. Norte e Nordeste se encaminham para a normalização.
Em nota, a Plural, associação das empresas do setor, alega que bases prioritárias como Paulínia, São Paulo e Canoas, no Rio Grande do Sul, elevaram em cerca de 200% o número de carregamentos e entregas aos postos de combustíveis.