Mesmo com a liberação de caminhões tanque da Replan desde a manhã de terça-feira, 29, nesta quarta-feira a maioria dos postos de combustíveis de Campinas seguia sem combustíveis. Um posto na avenida Lix da Cunha recebeu um carregamento durante a madrugada, e logo nas primeiras horas da manhã, grandes filas já se formaram na avenida.
O motorista de aplicativo, Valdinei Dourado, conseguiu abastecer por volta das 8h20 da manhã, cerca de duas horas após ficar na fila. Ele afirma que teve prejuízo nos últimos dias por não conseguir trabalhar, devido à falta de combustível. “No mínimo uns R$ 500 nesses três dias”.
Para tentar organizar as filas, o posto dividiu as bombas, como explica o frentista Vinícius Ribeiro. “Uma bomba para galão, outra para motos, as do meio para carros, com uma fila preferencial para trabalhadores da saúde e Polícia”.
Na fila de motos, a espera era de cerca de meia hora. Na de galões, menor ainda, como conta o autônomo Miguel Pereira, que veio de ônibus de Hortolândia para tentar encher os galões. “Pra galão tá tranquilo, a gente tá aqui tem uns 10, 15 minutos mais ou menos. Tive de pegar ônibus lotado para chegar até aqui para conseguir esse galãozinho. Comparado com outras filas que peguei, domingo fiquei 5 horas na fila e não consegui pegar gasolina”.
Em outro posto, na Rua Dr. Sales Oliveira, na Vila Industrial, bastou circular a informação de que o posto receberia combustíveis, que uma grande fila se formou pela manhã. O Advogado Fábio Carlino era o primeiro da fila por volta das 10 horas da manhã. Ele relatou já ter ficado ontem na fila, e que hoje retornou logo cedo. “Ontem fiquei aqui das 14h às 20h. Depois deixei meu carro a noite inteira aqui, e cheguei 5h30 hoje”.
Porém, naquele momento, não havia previsão de horário da chegada de combustíveis, como relatou o frentista Paulo José. “Estamos esperando, mas o patrão está à espera de escolta para a liberação do combustível”.
No final da manhã, postos na região central também receberam combustíveis, e rapidamente, grandes filas se formaram em vias como a Barreto Leme, Benjamin Constant e Doutor Quirino.
