Cidades da região de Campinas tiveram cumprimentos de mandados na Operação Prato Feito da Polícia Federal em conjunto com a Controladoria Geral da União, que aponta desvio de verba federal da Educação e fraudes em licitações. Os contratos somam cerca de R$ 1,6 bilhão. Foram alvos Cosmópolis, Holambra, Hortolândia, Mogi Mirim, Monte Mor, Paulínia, Santo Antônio de Posse e Mogi Guaçu, onde além da prefeitura houve ação da PF na casa do prefeito Walter Caveanha. Dos outros municípios não houve detalhamento.
As apurações apontam atuação de cinco grupos criminosos que fariam o desvio dos recursos nos estados de São Paulo, Paraná, Bahia e no Distrito Federal.
Ao todo foram 154 mandados de busca e apreensão em 30 cidades do país e indícios de envolvimento de 85 pessoas, entre elas prefeitos, ex-prefeitos, vereador, agentes públicos e outras pessoas da iniciativa privada.
Holambra, Monte Mor e Paulínia confirmaram o cumprimento de mandados nas prefeituras e disseram que colaboram com as investigações.
Jaguariúna informou que a ação é referente a dois contratos firmados na gestão anterior – 2013/2016 – com fornecedores de alimentos para o Restaurante do Servidor Público Municipal e material didático para rede municipal de ensino. Disse ainda que acompanha os trabalhos e fornece informações necessárias.
Cosmópolis explicou que a ação visou contratos de 2014 a 2018 das áreas de merenda escolar e materiais didáticos. Acrescentou que preza pela transparência e colabora com a PF.
A assessoria de imprensa de Santo Antônio de Posse disse que desconhecia a ação.
Hortolândia pontuou que as empresas citadas da cidade nunca prestaram serviços ao município, mas que a prefeitura recebeu os policiais e se colocou à disposição.
A prefeitura de Mogi Guaçu disse que a PF buscou contratos firmados para o fornecimento da merenda escolar, uniforme escolar e apostilas, que não são da atual Administração Municipal, mas reforça que colabora com os policiais.
O prefeito também em nota disse que nenhum documento nesse sentido foi encontrado na casa dele, mas houve foram levados o celular e notebook para averiguação.
Não conseguimos contato com Mogi Mirim.
