Ouça ao vivo

Representantes da prefeitura e de sindicatos chegam a acordo sobre demissões no Ouro Verde

Foto: Valéria Hein

Representantes da prefeitura de Campinas e dos sindicatos ligados aos trabalhadores de saúde definiram como será feito o pagamento do passivo trabalhista do Hospital Ouro Verde. O encontro aconteceu na tarde desta terça-feira, na sede do Ministério Público do trabalho. A prefeitura admitiu o pagamento dos passivos, que seriam de R$ 36 milhões, de forma parcelada.

O município vai pagar R$ 1,5 milhão em até 10 dias úteis a partir da assinatura do acordo. O restante será parcelado no mesmo valor, com vencimento sempre ao dia 20 de cada mês. A proposta prevê ainda o pagamento do saldo de salário, férias, 13° proporcional e FGTS. Os depósitos serão feitos em conta específica e cada trabalhador vai receber, inicialmente, R$ 1,1 mil. O valor pode aumentar conforme as folhas salariais forem sendo quitadas.

A crise no Ouro Verde começou no ano passado, depois que uma operação do GAECO apontou o desvio de verbas pela Organização Social Vitale, que administrava a unidade de saúde. O MP apontou ainda que agentes públicos também faziam parte do esquema de corrupção. A Vitale foi afastada e o município criou, através de uma lei, a Rede Mário Gatti, que passou a administrar o Ouro Verde. Com a mudança de gestão, todos os profissionais da saúde contratados pela OS terão de ser demitidos. Pelo acordo firmado no MPT nesta terça-feira, as demissões devem acontecer durante os próximos 12 meses. O presidente da Rede Mário Gatti, Marcos Pimenta, comemorou o acordo, mas garantiu que a prefeitura vai buscar na justiça o ressarcimento dos valores pagos junto a Vitale.

Apesar da aprovação da proposta pelos sindicatos, será necessária a discussão e votação em assembleia em cada categoria. O diretor do Sinsaúde, Paulo Sérgio Pereira da Silva disse que a proposta foi satisfatória e agora a aceitação depende dos trabalhadores. As entidades representativas de classe se comprometeram em protocolar no Ministério Público do Trabalho os resultados das assembleias até o próximo dia 22.

Compartilhe!

Pesquisar

PODCASTS

Mais recentes

Fale com a gente!

WhatsApp CBN

Participe enviando sua mensagem para a CBN Campinas

Veja também

Alunas da rede municipal vão receber absorventes mensalmente

Em Campinas, uma a cada quatro meninas, entre 10 e 19 anos, faltam à escola quando entram no período menstrual, por não terem condições financeiras para comprar absorvente. O dado é de uma pesquisa realizada pelo Centro de Referência e Apoio à Mulher (Ceamo), órgão vinculado à Secretaria Municipal de Assistência Social. Com os números, a Prefeitura de Campinas lançou o Programa Dignidade Menstrual, nesta quinta-feira (28), que prevê distribuir absorventes.

Reportar um erro

Comunique à equipe do Portal da CBN Campinas, erros de informação, de português ou técnicos encontrados neste texto.