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Greve dos caminhoneiros impulsiona debate sobre expansão ferroviária

A recente greve dos caminhoneiros causou prejuízos significativos a muitos setores da economia e gerou uma série de transtornos para a população. O movimento, que continua provocando polêmica, agora em relação ao preço do frete, também trouxe algumas lições importantes, ligadas direta ou indiretamente à matriz de transporte brasileira. A principal delas, segundo especialistas, é a necessidade de ampliar a presença de outros modais, como o ferroviário. Com isso, o país deixaria de ser tão dependente das rodovias para promover o deslocamento de cargas e passageiros.

Atualmente, segundo diferentes levantamentos, a ferrovia responde por 15% a 20% da matriz de transporte de carga brasileira e a rodovia, em torno de 60%. O ideal é que houvesse um maior equilíbrio entre os modais, como ocorre em outros países. Segundo o docente do Departamento de Geotecnia e Transportes da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Unicamp, Carlos Alberto Bandeira Guimarães, o Brasil deveria rever o plano de expansão, não só do transporte ferroviário, mas também de outros modais.

Carlos Alberto Bandeira Guimarães disse ainda que muitos produtos perdem a competitividade no mercado nacional pelo alto custo do transporte rodoviário. Além disso, estudos apontam que o transporte público, movido, predominantemente, a diesel no Brasil, é muito mais poluente do que o ferroviário, pois emite 100 gramas de gás carbônico por passageiro por quilômetro, enquanto o transporte sobre trilho, 5g por passageiro/km.

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