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Para pesquisador da Unicamp, associar Copa do Mundo à política, cultura e tecnologia é inevitável

A Copa do Mundo é um evento que gera engajamento global e associar o mundial de futebol à política, cultura, ciência e tecnologia se torna inevitável. O professor da Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp, Peter Shulz, lembra que o número de países que transmitem a Copa é maior do que os que participam da ONU. Shulz comenta um dos temas que reflete essa comoção mundial, com o anúncio da demissão do técnico espanhol, Julen Lopetegui, às vésperas da Copa, fato considerado como uma traição para os espanhóis.

Para Peter Shulz, a Copa passa a ser vista como algo global na edição de 1966, por causa da transmissão via satélite. No caso da política, por mais que muitos considerem que o tema tenha caído em descrédito, não dá para dissociar esse tema da Copa do Mundo. No Mundial de 1998, por exemplo, num jogo entre Estados Unidos e Irã, em pleno clima de guerra, houve a contrapartida dos jogadores, quando uma seleção ofereceu flores à outra.

Um ato simbólico, que, na análise de Shulz, deveria se refletir na esfera das negociações entre os dois países. Na área da cultura, o professor considera a Copa de 1938 a mais antiga por memória construída, por ter sido pano de fundo do livro “O crime do restaurante chinês”, de Boris Fausto.

A próxima, na análise de Shulz, aparece em um filme em vez de livro, quando a Copa de 1954 foi pano de fundo de “O casamento de Maria Braun”. No filme de Fassbinder, a Copa da Suíça se anuncia pelas transmissões radiofônicas dos jogos. De lá pra cá, o avanço tecnológico permite hoje acompanhar os jogos até por um telefone celular.

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