A demora fora do comum para liberação de cargas no setor de exportações do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, tem dificultado a vida de caminhoneiros que transportam mercadorias vindas de várias partes do Brasil.
De acordo com relatos de motoristas que trabalham para transportadoras, alguns tem dormido no estacionamento do terminal de cargas há, pelo menos, 6 noites. Gidevaldo Silva é caminhoneiro e está no local há dois dias.
Ele relata que o aeroporto não passa informações sobre a causa da demora, e que não sabe até quando terá de ficar no estacionamento.
A situação afeta o orçamento das transportadoras, que são obrigadas a arcar com os custos do estacionamento, que é cobrado por dia. É disso que reclama este outro caminhoneiro, Andrelino Donizete.
De acordo com o Diretor de Operações de Viracopos, Marcelo Motta, a situação está atrelada a alta da exportação brasileira, que atingiu 77,17% em junho deste ano, se comparada com o mesmo mês do ano passado. Este é o maior índice registrado nos últimos 5 anos e meio. Ele explica que o crescimento se deu com a alta do dólar, e as companhias aéreas não conseguem suprir a demanda elevada.
Para solucionar a questão, o aeroporto implantou um sistema de fila inteligente, e as exportadoras foram comunicadas de que só devem enviar cargas caso já tenham voos programados para os próximos dois dias.
Se comparado o primeiro semestre de 2018 ao mesmo período do ano passado, o crescimento nas exportações por Viracopos foi de 41,93%, totalizando 42.259 toneladas movimentadas entre janeiro e junho.
