Campinas está em estado de alerta devido ao tempo seco. No dia 15, o índice de umidade do ar chegou aos 16%, quatro pontos abaixo do que a OMS considera preocupante para a saúde. A Defesa Civil, porém, prevê um agosto ainda pior.
O diretor regional do órgão, Sidnei Furtado, cita principalmente as queimadas, ocorrências que aumentaram desde o início da estiagem. De abril para maio, por exemplo, os registros desse tipo no município dobraram de sete para 14.
Como os resultados ainda não divulgados de junho e julho tendem a ser altos devido ao volume de trabalho relacionado ao problema, o principal alerta é sobre o combate a essa prática, já que período de estiagem continua.
O monitoramento de grandes áreas abertas, pastos e de terrenos por toda a cidade é feito através das imagens de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, dados que passaram a ser usados recentemente pela Defesa Civil.
O projeto funciona da seguinte forma: o satélite capta a imagem, o órgão gera uma ocorrência e técnicos vão a campo para a análise. Depois disso, o relatório da vistoria é entregue à fiscalização ambiental e as penalidades são aplicadas.
Mas além de buscar meios legais para evitar os focos de incêndio, Sidnei também questiona o costume de moradores e donos de terrenos de limparem o local e atearem fogo no mato seco. Para ele, falta ainda conscientização.
Além da limpeza de terrenos e queima de mato seco e lixo, outra preocupação da Defesa Civil é com a soltura de balões, que também é comum nessa época do ano e que se trata de um crime ambiental por oferecer riscos de incêndios.
Atualmente, está em prática a Operação Estiagem, que começou no dia primeiro de maio se estende até 30 de setembro. O planejamento é feito com base em uma força-tarefa multidisciplinar envolvendo várias secretarias municipais.