O comércio varejista da região de Campinas fechou o mês de abril com 7.554 admissões e 7.327 desligamentos. O saldo positivo foi de 227 vagas com carteira assinada e foi o primeiro resultado bom após três meses com mais demissões.
Os dados foram levantados pelo SindiVarejista e a Fecomércio São Paulo e mostram ainda que o número de empregos chegou a 1.312 no acumulado de doze meses. Ao todo, nesse período, foram 196.446 trabalhadores formais.
A alta de 0,7% em relação ao mês anterior é analisada com realismo pela presidente do SindiVarejista, Sanae Murayama Saito. Para ela, o índice positivo é reflexo de dois anos de crise, quando a criação de vagas ficou em estagnação.
Entre as nove atividades pesquisadas, apenas três registraram queda no estoque de trabalhadores ativos em abril na comparação com o mesmo mês de 2017. Os destaques foram vestuário e calçados, -3%, e móveis e decoração, com -2,4%.
Por outro lado, conforme o balanço das entidades, os grupos de eletrodomésticos, eletrônicos e departamentos e supermercados, ambos com 2% de aumento, e de farmácias, 1,6%, tiveram as maiores variações positivas.
Para Sanae, os índices de crescimento nesses setores são reflexos da liberação do PIS/PASEP pelo governo. Segundo a presidente do SindiVarejista, o dinheiro inesperado injeta a economia e impulsiona o consumo em todas as áreas.
A pesquisa mostra ainda que o mercado do comércio varejista em São Paulo também voltou a abrir postos após três meses de saldo negativo. Em abril, foram criados 2.340 empregos após 77.179 admissões e 74.839 desligamentos.
O crescimento foi de 0,4% em relação ao mesmo mês de 2017. No acumulado de 12 meses, 8.995 empregos com carteira assinada foram gerados, revertendo o cenário negativo dos dois anos anteriores, assim como na região de Campinas.