Pacientes que foram à farmácia de alto custo no bairro Ponte Preta, em Campinas, nesta quinta-feira enfrentaram novamente uma grande fila. A espera passou de cinco horas em alguns casos. A situação irritou muita gente, principalmente porque o problema no local não parece ter solução. No último dia 3, por exemplo, a demora testou a paciência de quem aguardava. Em outras ocasiões, em junho e fevereiro, o panorama era o mesmo.
Márcia Sousa sofre de esclerose múltipla, busca medicamento uma vez por mês e conta que chegou a unidade às 8h30 e saiu pouco depois das 14h.
Além da longa espera na fila, que se estende até a calçada da Rua General Setembrino de Carvalho, outra reclamação é sobre a falta de estrutura. Para muitos, faltam assentos e cadeiras principalmente na parte interna para os pacientes idosos que vão à farmácia em busca de medicamentos. Outra crítica é sobre a burocracia e o número de senhas, que chega a três, dependendo do serviço e do atendimento que o interessado quer fazer.
Rose Toledo aguardava do lado de fora. Ela chegou às 10h30. Por volta das 14h30, porém, ainda não havia conseguido ter acesso ao remédio.
Para piorar, quem foi ao local de carro teve outra preocupação. Agentes da Emdec fiscalizavam a rua, aplicaram multas e guincharam um veículo. Questionada sobre isso, a Emdec confirmou a remoção e alegou em nota que é proibido estacionar onde o carro estava e que apenas cumpriu a legislação.
Responsável pela Farmácia de Alto Custo, a Secretaria de Estado da Saúde foi procurada e justificou que “a unidade tem atendido uma demanda 30%” maior. Segundo a Pasta, o aumento se dá pela procura espontânea de pacientes. Até às 16h desta quinta, informa que já havia atendido cerca de 890 pacientes. Por fim, diz que possui atendimento regular dos funcionários com “dois guichês de pré-triagem, três guichês de triagem e sete guichês de atendimento”.
