Os casos de fraudes e furtos na rede elétrica tiveram aumento de 6,31% no primeiro semestre de 2018 na comparação com o mesmo período de 2017. Do total de 7.342, Campinas lidera a lista, com 6.256 irregularidades. Na sequência estão Piracicaba, com 775 ocorrências, e ainda Sumaré, com 379.
Mas segundo os dados da CPFL Energia, o problema acontece ainda em outros municípios vizinhos, como Americana, Hortolândia, Itatiba e Valinhos. De acordo com o gerente de Serviços Comerciais da empresa, Pedro de Aro, o crescimento do número de registros é reflexo do maior monitoramento.
Ele explica que a tecnologia auxilia o combate a esse tipo de crime. O resultado disso é o maior índice de confirmação de desvios através das inspeções.
Ainda segundo o gerente de serviços comerciais da CPFL, as ligações clandestinas são feitas por consumidores de todos os perfis e classes sociais. Ele cita como exemplo a investigação que desmantelou um grupo que instalava mecanismos de desvios em condomínios de classe A e B no Rio de Janeiro.
A prática é vendida por criminosos como alternativa para baixar o consumo e gerar economia. Quando descoberta, porém, envolve a polícia e gera punições. As fraudes são crimes previstos no Código Penal. A pena varia de um a quatro anos. Além disso, também são cobrados os valores retroativos com multa.
A CPFL Paulista conseguiu recuperar 18.734 megawatts-hora desviados de janeiro a junho, suficiente para abastecer 10.406 famílias de até quatro pessoas.