Moradores de Sousas, em Campinas, e funcionários do Centro de Saúde do distrito protestaram contra a implantação de uma praça perto da unidade. A principal reivindicação é para que a Prefeitura aproveite o terreno para ampliar o prédio, considerado pequeno e insuficiente para a demanda.
O CS fica na rua Conselheiro Antônio Prado, no Parque Jatibaia, e fica ao lado de uma área aberta que começou a receber máquinas nos últimos dias. Como a informação de que o local se tornaria uma praça circulou pelo bairro e entre os pacientes, um grupo contrário ao projeto decidiu se mobilizar.
Membro do Conselho de Saúde da região, Maurício Godói reclama que a obra próxima expõe vários problemas e que a falta de espaço é só um deles. Uma das preocupações dos moradores é com a falta de previsão para a substituição de profissionais que vão deixar a unidade nos próximos meses.
É o caso do clínico geral Tarcísio Rabelo da Silva, que vai se aposentar no início de agosto e que conhece bem a lista de dificuldades do posto de atendimento. Ele explica que a estrutura costuma receber a população de bairros que ficam fora do distrito. É o caso, por exemplo, de muitas famílias da Vila Brandina.
Além disso, relata que um projeto para a ampliação do local segue engavetado há mais de 17 anos e por isso questiona a decisão de implantar a praça. Para o médico, o ideal seria uma reforma, já que as salas são apertadas. Com isso, os profissionais precisam atender pacientes em outros pontos do distrito.
Em nota, a Prefeitura disse que o “terreno que fica ao lado do Centro de Saúde de Sousas é uma área que foi cedida pelo Governo Federal ao município”. A destinação, segundo o comunicado , serve “exclusivamente para a construção de uma praça. Portanto, não pode ser utilizada para outra finalidade”.
O espaço tem de 5,7 mil m² e deve receber iluminação, estacionamento, parque infantil e academia para a terceira idade. A previsão de entrega é de três meses. Sobre a ampliação do CS, o Executivo alega que investe em infraestrutura. Sobre a manifestação, informa que o atendimento foi parcial durante uma hora.