Os roubos e furtos de celulares vêm crescendo no Brasil. Segundo pesquisa da Mobile Time e Opinion Box, o número de pessoas que foram vítimas de crimes assim subiu de 35% em 2017 para 49% neste ano. 35% dos participantes da pesquisa disseram que já passaram pela situação mais de uma vez. O roubo corresponde a 63% dos casos, enquanto os furtos são 37%. Pouco mais de duas mil pessoas participaram da pesquisa, que foi realizada via internet no mês de maio.
O especialista em segurança, Rogério Rodrigues, explica por que o celular é um bem tão visado pelos criminosos. “Um bom celular não custa menos de R$ 1,5 mil. Isso é um chamariz, é como andar com um ‘bolo’ de dinheiro na mão toda hora.” Mas é possível evitar, ou pelo menos, dificultar situações do tipo. “Não utilizar ele enquanto você está trafegando a pé, ou em pontos de ônibus. Eventos de shows, rodeios, que reúnem milhares de pessoas, os criminosos são organizados e estipulam até meta de quantos celulares levar”.
Por conta do aumento deste tipo de crime, algumas empresas passaram a oferecer seguro para celulares. Mas, na hora de optar por um plano, é necessário estar atendo quanto à cobertura dele.
Ter o celular roubado ou furtado traz consigo outros problemas de segurança, uma vez que os aparelhos atualmente são utilizados para diversas finalidades, incluindo movimentações bancárias, além de conter muitas coisas privadas, como fotografias e conversas particulares. O acesso a informações do tipo já gerou inclusive casos de extorsão.
Para evitar este tipo de situação, e dificultar o acesso de terceiros às informações, o especialista em segurança digital e professor da Fundação Getúlio Vargas, Emerson Barboza, aponta medidas que o usuário pode tomar. “A primeira medida é colocar uma senha na tela de bloqueio do aparelho, por mais óbvio que isso pareça, muita gente ainda não faz. Outra coisa importante é o armazenamento dos arquivos em nuvem, você acessa eles pelo celular mas ele está em uma nuvem protegida. Existem vários serviços do tipo, inclusive gratuitos”.
Ele aponta também a importância da criptografia dos dados do aparelho. “O mais importante é você utilizar a criptografia, pois se a pessoa tenta acessar o chip onde estão seus dados, a pessoa não conseguirá ter acesso. Isso é possível fazer nos dois principais sistemas operacionais de celulares existentes”.
A tecnologia também pode ajudar a recuperar o aparelho por meio do rastreio. Para isso é necessário deixar o GPS do aparelho ligado, e habilitar a função de rastreio remoto. Além disso é preciso rastrear o aparelho antes que ele seja desligado, ou que a bateria acabe. Caso o aparelho esteja com senha e criptografado, dificilmente a pessoa que estiver com ele conseguirá desligar o GPS. É importante ressaltar que o proprietário jamais deve tentar recuperar o aparelho sozinho. O correto é buscar o auxílio das autoridades competentes.
