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DIG de Americana prende 13 em operação contra quadrilha de estelionatários

Homem é preso na "Operação Medusa", da DIG de Americana

A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Americana realizou nesta terça-feira, 15, a Operação Medusa, com foco em uma quadrilha acusada de praticar crimes como estelionato, roubo de carga e também homicídios. Foram expedidos 21 mandados de prisão e 38 de busca e apreensão que foram cumpridos em Americana, Santa Bárbara, Limeira, Sumaré, Campinas, Paulínia e Boituva. 13 pessoas foram detidas, incluindo três mulheres.

A quadrilha atuava principalmente em casos de estelionato contra empresas. Os criminosos falsificavam documentos para utilizar o nome de uma determinada empresa para comprar produtos de outra empresa, conforme explica o delegado da DIG de Americana, Antônio Donizete Braga. “Eles falsificavam documentos de empresas legítimas e através desses documentos conseguiam aprovar cadastro junto às empresas de onde eles viriam adquirir mercadorias”.

Geralmente a empresa vendedora não checava o negócio com a compradora. A quadrilha sempre se propunha a retirar o produto na empresa vendedora, para que ele não fosse entregue na empresa da qual eles utilizavam o nome para realizar a compra. O esquema acabava lesando ambas as empresas envolvidas, uma vez que a vendedora entregava o produto e não recebia o pagamento; e a empresa que teve o nome utilizado para a compra ficava com a dívida, e com todo o trabalho de comprovar não ter sido responsável pelo pedido.

A quadrilha então repassava para receptadores os produtos adquiridos de forma criminosa. Esses receptadores geralmente eram pré-determinados. Ou seja, muitas das compras eram “encomendadas” por eles. Os criminosos lesaram mais de 30 empresas de diversas regiões do estado. A Polícia iniciou a investigação em fevereiro, após uma compra ser realizada em uma madeireira de Americana.

Os policiais da DIG então iniciaram a chamada “Ação Controlada”, conforme explica o delegado. “A justiça autoriza a Polícia a fazer um acompanhamento das negociações, dos crimes que estão ocorrendo, a fim de poder identificar atuar no melhor momento da investigação. Foi dessa forma que a Polícia conseguiu comprovar que a quadrilha agia no estado inteiro praticamente”.

Além do estelionato contra empresas, a quadrilha também é acusada de crimes como apropriação indevida, roubo de carga, e até homicídio. O roubo de carga investigado ocorreu em março, em Americana. Uma carga de cervejas foi roubada, e posteriormente encontrada com um homem apontado como receptador, que foi preso na operação de hoje.

Já a apropriação indevida acontecia da seguinte maneira: A quadrilha alugava veículos de empresas especializadas, e jamais devolviam os carros. Documentos falsos também eram utilizados nesses crimes.

A Polícia investiga se os veículos ficavam com a quadrilha ou se eram repassados a receptadores. Dois desses veículos foram utilizados em um duplo homicídio e uma tentativa de homicídio em Americana neste ano. Outro veículo foi utilizado em um roubo de carga em São Carlos.

A Polícia agora investigará o material apreendido, como computadores e documentos falsos utilizados na execução dos crimes, e também produtos obtidos por meio de crimes, como carros e até um jet ski. Também foram apreendidas armas, munições, e R$ 35 mil.

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