A demora e a falta de atendimento no Hospital Ouro Verde, em Campinas, ainda fazem parte da rotina dos pacientes que procuram o pronto-socorro. Além da espera de até oito horas em alguns casos entre os adultos, a situação na pediatria faz com que mães tenham que voltar para casa com os filhos.
Os problemas continuam em meio às delações premiadas de três réus do processo sobre o desvio de R$ 4,5 milhões de verbas da unidade de saúde. Na última audiência sobre o caso envolvendo os ex-gestores e agentes públicos, o nome do secretário de Assuntos Jurídicos, Sílvio Bernardin, foi citado.
Mas enquanto indícios sobre o escândalo são apurados, o complexo do Ouro Verde segue como motivo de preocupação para os moradores da cidade. Gislaine Camargo, por exemplo, se disse indignada ao ver várias mulheres com crianças – algumas de colo – sem opção e deixando o local pela manhã. Marcado também por greves, impasses trabalhistas, falta de insumos e exames, o hospital é visto com desconfiança por pessoas como Marcela Vicente.
Em nota, a Pasta de Saúde informou que o Pronto-Socorro Infantil do Ouro Verde atua com três pediatras, dois na porta e um na internação. Porém, relatou um imprevisto nesta segunda-feira, já que “um dos pediatras que atua na porta sofreu um acidente com fratura e entrou de licença”.
O comunicado afirma que “outro pediatra foi convocado e assumiu o plantão por volta das 10 horas” e que a situação foi normalizada no local. A Pasta alega que a Rede Mário Gatti está em processo de contratação de uma empresa para a gestão de toda “linha de cuidado em pediatria”.
Por fim, diz que as questões enfrentadas ainda hoje no Ouro Verde estão relacionadas com as empresas ainda vinculadas ao contrato Vitale. Por esse motivo, espera que a contratação de um ano, podendo ser renovada para 60 meses, resolva o panorama e anunciou para breve uma reforma no PS.
