O prazo estipulado de 17 anos para a recuperação do Ribeirão Quilombo pode ser antecipado se as devidas ações forem adotadas pelos seis municípios envolvidos. A afirmação é do secretário-executivo do Consórcio das Bacias do PCJ, Francisco Lahoz, que reconhece que o conjunto de medidas estabelecido é ousado.
O objetivo da entidade é fazer com que o curso d’água saia da classe 4, próprio somente para navegação e paisagismo, para classe 3, que permite até o consumo humano. O valor estimado inicialmente, somando todos os investimentos de prefeituras e órgãos gestores, chega aos R$ 196 milhões. Desse montante, algumas verbas são a fundo perdido.
Representantes de Campinas, Sumaré, Hortolândia, Paulínia, Nova Odessa e Americana apresentaram o relatório detalhado sobre o plano de obras já feitas e previstas. Entre elas, o plantio de 585 mil mudas nativas e a construção de 11 reservatórios de macrodrenagem e contenção de cheias. O tratamento de esgoto também foi discutido.
Para o prefeito de Nova Odessa e presidente do Consórcio PCJ, Benjamim Bill Vieira de Souza, do PSDB, a recuperação do Ribeirão Quilombo é de interesse regional. Como exemplo, cita a própria administração, que conta com um fundo exclusivo para a execução do projeto das bacias de contenção, que ainda está em fase de elaboração.
O Ribeirão Quilombo possui extensão aproximada de 54,7 km desde a nascente, na cidade de Campinas, até a foz no Rio Piracicaba, nos limites de Americana. A bacia hidrográfica possui extensão de 396 km² e é caracterizada por ocupação majoritariamente urbana e com índice de chuva variando entre 1.200 e 1.800 mm.