O GAECO e a Corregedoria da Polícia Militar do Estado de São Paulo realizaram nesta desta terça-feira uma operação cujo alvo é uma organização criminosa que tinha o envolvimento de 32 policiais militares de Campinas. Ao todo são 52 mandados de busca e apreensão e 40 de prisão no interior de SP, o que inclui a região de Campinas. Além dos policiais, do 47º. Batalhão, o esquema contava também com o envolvimento de traficantes.
Em Campinas, o principal local de ação dessa organização criminosa se situa nas proximidades da denominada “Toca da Raposa”, na Vila Boa Vista e também no Parque Industrial, onde foi preso um dos líderes da organização criminosa. De acordo com o Corregedor Geral da Polícia Militar, Coronel Marcelino Fernandes da Silva, os policiais recebiam dinheiro para acobertar o tráfico e fornecer informações aos traficantes sobre as operações policiais desenvolvidas por Batalhões Regionais. Ele explica que os pagamentos eram feitos de acordo com a patente dos policias.
Até o fim da manhã desta terça feira, 26 dos 32 policiais envolvidos, haviam sido presos e encaminhados ao Presídio Militar Romão Gomes, na capital paulista, onde vão permanecer durante as investigações. O número de policias envolvidos representa 20% do efetivo da 5a. Cia. do 47º Batalhão. O que vai tornar necessário um remanejamento para que a população não seja prejudicada, de acordo com o Coronel José Ricardo Trevisan Arantes, comandante do CPI-2.
Entre os civis, foram presos em Campinas, dois homens, entre eles, um dos líderes do esquema, e duas mulheres. Dois estão foragidos. De acordo com o promotor do Gaeco Jandir Moura Torres Neto, a organização criminosa, era responsável por movimentar cerca de R$ 150.000,00 por mês. A operação foi batizada de Tio Genésio, que era o código de comunicação utilizado pelo grupo criminoso, e contou com o apoio do 2º e 3º Batalhões de Polícia de Choque de São Paulo. Além de Campinas, foram cumpridos mandados nas cidades de Sumaré, Mogi Mirim, Hortolândia, Sorocaba, Bauru e São Carlos.
