O BRT, sistema de transporte que está sendo implantado em Campinas, que inclui corredores de ônibus, estações de transferência, embarque em nível, pagamento desembarcado, entre outros serviços que visam oferecer deslocamentos mais seguros, rápidos e eficientes para as regiões do Ouro Verde e Campo Grande exigem obras complexas e a consequente retirada de 2,2 mil árvores urbanas.
A Engenheira Agrônoma e especialista em arborização urbana, Dionete Santin, considera essencial a realização dessa obra, por ser um modal inteligente, que favorece regiões que necessitam muito de transporte de qualidade. Mas espera que o replantio e compensações ambientais contemplem praças em regiões urbanas e em áreas de preservação permanente. Ela lembra que algumas árvores precisam também ser transplantadas, ou seja, mudadas de um lugar para o outro.
A população aprova o projeto, principalmente os comerciantes, que esperam benefícios para o comércio da região, como conta, Edgar Zambelli, de uma farmácia na Avenida John Boyd Dunlop. Já o morador, Adenísio da Silva, tem um bebê de 5 meses e sente falta das árvores para refrescar e melhorar a qualidade do ar.
O BRT Campo Grande terá 17,9 km de extensão, saindo da região central, ao lado do Terminal Mercado, seguindo pelo leito desativado do antigo VLT, Avenida John Boyd Dunlop, passando pelo Terminal Campo Grande e chegando ao Terminal Itajaí. O BRT Ouro Verde terá 14,6 km de extensão, saindo do Terminal Central, seguindo pelas avenidas João Jorge, Amoreiras, Ruy Rodriguez, passando pelo Terminal Ouro Verde, Camucim até o Terminal Vida Nova.
A Emdec informou que todas as árvores estão sendo retiradas com autorização dos orgãos ambientais. Como forma de compensação ambiental serão plantadas 45,5 mil árvores e outras 64 serão transplantadas. As definições de locais estão a cargo da Secretaria do Verde e no site da Emdec já tem uma informação oficial referente à extração das árvores.
