O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo cassou os mandatos do prefeito de Paulínia, Dixon de Carvalho (PP) e do vice, Sandro Caprino (PRB), nesta quarta-feira, por irregularidades nas contas eleitorais. A decisão dos seis desembargadores foi unânime mas ainda cabe recurso. Os magistrados, porém, reverteram uma decisão em primeira instância que pedia a inelegibilidade por oito ano dos políticos.
Dixon e o vice-prefeito seguem no cargo pelo menos até que o acórdão seja publicado e nele esteja determinado quando os dois devem ser afastados.
O Ministério Público denunciou a chapa por uso de altos valores na campanha de 2016 sem que houvesse uma comprovação patrimonial para demonstrar a origem das verbas. O prefeito investiu R$ 681,5 mil na própria campanha – 83,9% do total de valores utilizados. O patrimônio declarado pelo candidato, porém, era de R$ 591,5 mil.
No processo, Dixon pediu a nulidade do processo alegando cerceamento de defesa. Ele negou que houve qualquer ilicitude porque o dinheiro saiu da venda de um imóvel que integrava o seu patrimônio. Também em informações constantes no processo, Sandro Caprino informou que não pode ser punido “por eventuais crimes envolvendo as transferências de dinheiro e que não tem conexão com o pleito e que ele não poderia ser penalizado por atos de terceiros”.
A CBN não conseguiu contactar Dixon de Carvalho e Sandro Caprino.
