Os centros de saúde de Campinas que ficaram abaixo da meta de vacinar 95% do público contra o sarampo e a poliomielite vão definir as próprias estratégias para a imunização. A visita dos agentes de casa em casa pode ser adotada.
As crianças de um a cinco anos incompletos são o público-alvo da campanha. No último balanço da Prefeitura, divulgado no dia 29 de agosto, a aplicação contra a pólio estava em 71,4%. Já contra o sarampo, o índice era de 71,2%.
A ordem para que os coordenadores das unidades definam as próprias medidas de atuação foi dada pela Secretaria de Saúde, que avaliou como baixa a adesão da população, mesmo após a mobilização em dois sábados do mês de agosto.
A diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Andrea Von Zuben, explica que a realização de mais um Dia D não surtiria o efeito esperado e por isso a intenção é fazer com que as doses cheguem de forma direta aos moradores.
Com base nisso, a Administração Municipal decidiu que não participaria do terceiro dia de mobilização da Pasta Estadual de Saúde. No território paulista, a aplicação alcançou 70% das crianças, conforme os dados mais atualizados.
Ainda de acordo com Andrea Von Zuben, 18% dos municípios de São Paulo atingiram a meta vacinal de 95%. Para ela, vários motivos podem ser citados como explicação para a menor adesão. O principal é a baixa percepção do risco.
Outros fatores, segundo a diretora, envolvem a noção equivocada de que a campanha é desnecessária porque a carteira de vacinação está em dia, o medo de possíveis efeitos colaterais e, em menor proporção, movimentos anti-vacina.
Por esse motivo, ela reforça que as duas doses são totalmente seguras e por fim faz um alerta ao lembrar que o desenvolvimento desses medicamentos levou em conta o alto grau de transmissão, de gravidade e de letalidade das duas doenças.