O número de estudantes que cursou o ensino médio na rede pública matriculados no curso de medicina da Unicamp saltou de 15% para 81% nos últimos quatro anos, de acordo com dados da Comissão Permanente para os Vestibulares . O índice saltou neste curto período de tempo por causa do Programa de Ação Afirmativa para Inclusão Social, aplicado a partir de 2016.
O programa foi criado para atender uma determinação de uma lei estadual, que obriga que pelo menos 50% das vagas oferecidas pela universidade sejam destinadas a alunos do sistema público de ensino. Deste modo, eram concedidos 60 pontos para estudantes de escola pública e mais 30 para aqueles que se autodeclaravam pretos, pardos ou indígenas. Através do programa, o número de alunos da rede pública cresceu consideravelmente em todos os cursos da Unicamp e o reflexo disso pôde ser visto no curso de medicina.
Para equilibrar o índice, a universidade passará a adotar um novo sistema de pontuação a partir do próximo vestibular. Com isso, o aluno que cursou o ensino médio na escola pública receberá uma bonificação de 40 pontos, podendo ganhar mais 20 pontos se também cursou o ensino fundamental na mesma instituição. O coordenador executivo da Comvest, José Alves de Freitas Neto, acredita que a distribuição de vagas na universidade ficará mais justa com o novo sistema adotado pela universidade.
A Unicamp também vai implantar um novo sistema de cotas, destinando 15% de suas vagas do vestibular para quem se autodeclarar preto, pardo ou indígena e 10% das vagas do Enem.
