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Descaso com pessoas em situação de rua prejudica comércio do centro de Campinas

Foto: Danilo Braga

O desemprego no Brasil está intensificando um problema comum nas grandes cidades, mas que em Campinas está alcançando uma proporção insustentável. Na opinião de comerciantes do centro da cidade, a presença cada vez maior de pessoas em situação de rua prejudica os negócios e desvaloriza a região central.

Os comerciantes se sentem acuados e preferem não se identificar. Mas afirmam que a abordagens dessas pessoas em situação de rua tem sido tão insistente e constante, que muitos clientes acabam desistindo da compra.

Na Praça da Igreja do Carmo, por exemplo, há muitos estabelecimentos comerciais bem montados, que poderiam atrair mais consumidores e gerar receita para a cidade, mas o proprietário de uma banca de alimentos afirma que mesmo com o esforço de oferecer o melhor serviço possível, a sujeira deixada no local desvaloriza seu comércio.

Numa banca de jornal da região central, a proprietária também tem sofrido com essa intimidação dos clientes. Na Avenida Benjamin Constant, uma lojista afirmou acreditar que a administração municipal deveria acolher melhor essas pessoas. Até o fechamento dessa matéria, a prefeitura não atendeu a solicitação de resposta.

Em nota, a Prefeitura de Campinas informou que elaborou um Plano buscando reduzir os impactos na região central e qualificar o atendimento à população em situação de rua com ações a curto, médio e longo prazos e envolve a participação de várias secretarias municipais.

No Centro, já teve início a ampliação da lavagem das ruas; a intensificação da operação cata-treco; a abordagem mais específica da Guarda Municipal; e a atuação do Departamento de Proteção e Bem-Estar Animal.
Este plano reforçou o trabalho que já vinha sendo realizado pela Administração, por meio da sua ampla rede de cuidados socioassistenciais e de Saúde,  que inclui os Centros Pop 1 e 2, a Casa da Cidadania, o Consultório na Rua, Centros de Saúde, os Caps – Centros de Atenção Psicossocial, os abrigos, a Casa de Passagem, o Albergue Municipal e serviços específicos para gestantes e mulheres com crianças.
Também são ofertados projetos de qualificação profissional para reinserção no mercado de trabalho,  entre os quais destaca-se o Parceiros da Cidade – Mão Amiga, que oferece oportunidades para que a pessoa saia da rua por meio de cursos de jardinagem e noções de pedreiro.
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