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Estudo revela que 70% dos profissionais de saúde já foram agredidos durante atendimento

Foto: Leandro Las Casas

Um levantamento desenvolvido através de uma parceria entre os Conselhos Regionais de Medicina, Enfermagem e Farmácia do estado de São Paulo apontou que 70% dos profissionais que atuam na área da saúde foram vítimas de violência durante o atendimento. Os profissionais com idade até 40 anos e as mulheres são as principais vítimas desse tipo de ocorrência.

O principal tipo de agressão sofrida pelos profissionais é a verbal, que corresponde a 90% do total de casos para os profissionais de enfermagem e 89% para os farmacêuticos. O índice é menor quando contabilizados apenas os médicos, chegando a 47% das ocorrências. Em seguida aparece a violência física, que atinge 21% do pessoal de enfermagem, 18% dos médicos e 7% dos farmacêuticos.

A violência acontece, em maior incidência, por parte dos próprios pacientes, seguido por familiares e acompanhantes, tendo a demora no atendimento como principal motivo. Em Campinas existem vários exemplos de profissionais que foram atacados. Camila Xavier Araújo atende em uma unidade de saúde da cidade e chegou a receber ameaças de agressão por telefone. Para o presidente do Conselho Regional de Farmácia no estado de São Paulo, Marcos Machado, os trabalhadores são vítimas da precariedade dos serviços de saúde e da omissão dos governantes. Ele afirma que é necessário buscar soluções para o problema a curto, médio e longo prazo, mas o cenário que se desenha, com o congelamento dos gastos públicos na área da saúde e da falta de compromisso dos candidatos nas eleições de outubro, é desanimador.

Para minimizar o problema, os Conselhos Regionais de Medicina, Enfermagem e Farmácia promovem uma campanha publicitária de combate à violência contra profissionais da saúde. A proposta é conscientizar a população de que agredir os profissionais piora a situação, prejudicando o atendimento.

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