A aplicação de vacinas foi suspensa no Centro de Saúde de Valinhos, na Avenida Brasil, por conta da paralisação dos servidores públicos municipais. No local, uma funcionária que não quis gravar entrevista alegou que a liminar da Justiça que determina que 60% do efetivo siga trabalhando foi acatada. A unidade se manteve aberta durante toda a manhã e consultas foram realizadas normalmente. Um paciente afirmou que conseguiu ser atendido na farmácia.
Na Unidade de Pronto Atendimento, na Avenida Gessy Lever, uma servidora disse que ninguém estava em greve. A sala de espera estava cheia, mas Aline Silva foi atendida. De acordo com um balanço da Prefeitura de Valinhos, na Saúde a adesão foi estimada em 50% nesta quarta e as UBSs dos bairros Imperial e Jurema ficaram paradas.
Na Educação, a CEMEI Papa João Paulo II, no Parque Santana, estava aberta. Mas neste setor, o Executivo estima adesão de 80% do efetivo. Escolas ficaram fechadas. No total, ainda conforme o levantamento da Administração Municipal, cinco das 17 secretarias municipais tiveram adesão à paralisação iniciada no dia 11.
O movimento foi deflagrado em protesto contra decisão da Justiça de cortar um benefício chamado “adicional de estímulo”, pago desde 1986 e que foi considerado ilegal. A Prefeitura diz não ter relação com a suspensão, que foi pedida por ação do Ministério Público, mas o sindicato pede uma contraproposta para evitar perdas salariais.
Enquanto reuniões entre as partes foram feitas, uma liminar do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que 60% dos servidores de Valinhos continuem trabalhando. Além de prever pena de multa diária de R$ 5 mil, o vice-Presidente do TJ-SP, Artur Marques da Silva Filho, marcou uma audiência de conciliação para o dia 14.
