A música sempre tomou conta de todos os espaços de sua vida. Testemunhou de perto alguns episódios da história da música popular brasileira. A geração da Bossa Nova, bem como o surgimento do Tropicalismo. Mas foi na música raiz de origem caipira que Renato Teixeira se identificou com o mundo a sua volta. Nascido em Santos em 1945 Renato Teixeira de Oliveira deixou de ser caiçara Ubatuba para ir morar com a família em Taubaté. O sonho de seguir a arquitetura durou pouco. A música falou mais alto e ajudado pelo tio foi para São Paulo e os caminhos levaram suas composições aos festivais. Renato Teixeira também se destacou no mercado publicitário em produções de jingles como Ortopé , Roda baleiro entro outros …depois dessa experiência já totalmente envolvido pela música caipira ao lado de Sérgio Mineiro formou o grupo Água.
Sem a intenção lucrar, mas sim assimilar a cultura Caipira, Renato junto com o grupo Água passou a projetar essa cultura de raiz dentro de um formato contemporâneo em todo Brasil. O momento triunfante deste período que ajudou a colocar definitivamente a música do interior de São Paulo no cenário nacional, foi quando Elis Regina gravou o sucesso Romaria.
Outra parceira vitoriosa foi com Almir Sater juntos eles compuseram vários sucessos que foram determinantes na sustentação de suas carreiras. Alem do momento especial que Renato viveu no inicio dos anos 80 ao lado da dupla Pena Branca e Chavantinho, na gravação do disco “Ao vivo em Tatuí ”, que se transformou num marco no gênero.
Todas as musicas desta edição do Musica é Cultura fazem parte do DVD Renato Teixeira gravado em 27 de agosto de 2006 no Auditório Ibirapuera. Com produção de Daniel Carlo Magno, Renato Teixeira contou com a participação dos Filhos Chico Teixeira e João Lavraz , além de várias participações especiais de amigos e parceiros
Renato Teixeira faz parte daquela estirpe de artistas que não é fácil encontrar por aí, que defendem uma bandeira um ideal. O seu projeto de vida como ele mesmo define é divulgar e difundir o espírito do caipirismo vale paraíbano, não pela repetição de antigas formulas, mas coerente a com evolução e naturalmente moderno.
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produção
Walmir Bortoletto
edição
Paulo Girardi