O aposentado José Carlos de Assis, morador do Jardim Andorinhas, em Campinas, espera há um ano por uma consulta com um urologista no Hospital Ouro Verde. Desmarcado duas vezes, o exame não teve nova data agendada.
A espera começou no dia 7 de dezembro de 2017, depois que o primeiro atendimento constatou uma alteração na próstata. Um tratamento com uso de remédio foi iniciado e o retorno foi definido para o dia 6 de fevereiro deste ano.
Mas poucos dias antes do exame que definiria se o problema tinha sido resolvido ou não, um funcionário do hospital entrou em contato e a consulta foi marcada para o dia 2 de abril. Antes da data, porém, mais um cancelamento.
Sem condições de pagar por uma avaliação particular, José Carlos se vê sem alternativas e reclama do que considera um descaso. Enquanto isso, conta que ainda sente alguns incômodos e sintomas. Um deles é a incontinência urinária.
Para piorar, relata que a esposa também enfrenta dificuldades por atendimento no Ouro Verde. No caso dela, algumas avaliações do processo pré-operatório foram feitas, mas a espera por uma cirurgia de varizes chega a quase dois anos.
A Pasta de Saúde foi questionada. Em nota, alega que “todas as linhas de cuidado, inclusive da urologia, estão sendo reorganizadas” desde quando a Rede Mário Gatti assumiu o hospital e afirma que o caso do paciente será avaliado.
O comunicado diz ainda que adota “várias medidas para ampliar o acesso e qualificar o atendimento aos pacientes”. Entre eles, a reforma do Pronto-Socorro Adulto e também do Infantil, demanda de pacientes e funcionários que afirma ser antiga.