O médico e empresário, Gustavo Katthar de Godoy, ainda não se entregou à justiça e segue foragido. Dos oito mandados de prisão expedidos na terceira fase da operação Ouro Verde, realizada nesta quinta-feira, 22, o único que ainda não foi cumprido é o de Gustavo, que é filho de Silvino de Godoy, dono do jornal Correio Popular. Gustavo é médico radiologista, e proprietário da G K de Godoy Radiologia, uma empresa de imagem que foi contratada pela Vitale para prestar serviços no hospital Ouro Verde.
Esta contratação teria ocorrido em uma troca de favores mediada por Silvino. Pelo acordo, o Correio Popular faria matérias negativas sobre a SPDM, então administradora do Ouro Verde, e em troca, quando a Vitale assumisse o hospital, contrataria a empresa de Gustavo.
Segundo o empresário Daniel Câmara, ligado a OS Vitale e um dos delatores do esquema, durante o processo de transição para a entrada da Vitale no Ouro Verde, a proposta da OS era pagar cerca de R$ 15 mil mensais à empresa de Gustavo, proposta que foi recusada. Gustavo exigiu R$ 40 mil mensais, valor que seria muito acima do praticado pelo mercado. Ele ainda teria dito que gostaria de reajustar o valor seis meses depois.
Segundo Daniel Câmara, o Secretário de Assuntos Jurídicos da Prefeitura, Silvio Bernardin, teria dito que caso a Vitale pagasse os R$ 40 mil à empresa de Gustavo, a OS não iria durar no hospital, pois o pai de Gustavo, Silvino de Godoy, “batia forte”, em referência às matérias do jornal Correio Popular.
O advogado de Gustavo de Godoy, Ralph Tórtima Filho, ainda aguarda um contato do empresário para definir quando e como ele se apresentará à justiça, mas ainda não há qualquer definição sobre isso.
