O empresário Felipe Braz Bernardes, preso na terceira fase da Operação Ouro Verde, foi ouvido por cerca de uma hora pelos promotores que investigam os desvios de cerca de R$ 7 milhões de verbas públicas da saúde de Campinas.
De acordo com o Gaeco do Ministério Público, Braz é o dono da Greenlav Lavanderia Clínica e Hospitalar, que prestava serviços ao Hospital Municipal Ouro Verde através de um contrato que teria sido direcionado e superfaturado.
Ele entrou no prédio do MP, na Cidade Judiciária, pela parte dos fundos pouco antes das 14h. Acompanhado por policiais civis, chegou ao local em uma viatura do Garra. Cerca de uma hora depois, saiu do complexo pelo mesmo portão.
O depoimento marcou o quinto dia de oitivas feitas pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado desde o cumprimento das ações no dia 22. Além dele, uma testemunha que não teve a identidade revelada foi ouvida.
Nos últimos dias, foram ouvidas outras pessoas presas na mesma fase da operação. Entre eles, o dono de um laboratório de análises clínicas, Danilo Silveira, e o ex-secretário de Assuntos Jurídicos de Campinas, Silvio Bernardin.
Já o depoimento do dono do jornal Correio Popular, Sylvino de Godoy, deve acontecer nos próximos dias. Ele deveria comparecer ao Ministério Público nesta quinta, mas a defesa alegou que ele não estava em condições de saúde.
Com isso, segundo o advogado Ralph Tórtima Filho, uma nova data será marcada junto aos promotores. O presidente do Grupo RAC estava internado desde a semana passada, após passar mal ao receber a ordem de prisão.
Antes de receber alta do Hospital da PUC, de onde saiu pela parte dos fundos sem falar com a imprensa na manhã desta quinta, ele conseguiu uma liminar no Tribunal de Justiça do Estado de SP, que lhe concedeu liberdade condicional.
O filho dele, o médico radiologista Gustavo de Godoy, está preso desde o dia 26. Também foram detidos na terceira fase da Ouro Verde os funcionários da Vitale Thiago Sampaio e Alcir Fernandes Pereira e o lobista João Carlos da Silva.
