O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público ouviu um dos oito presos na terceira fase da Operação Ouro Verde, deflagrada no dia 22. O empresário Danilo Silveira, dono de um laboratório de análises clínicas de Serra Negra, prestou depoimento na sede do Gaeco, na Cidade Judiciária, em Campinas.
Duas testemunhas do caso sobre os desvios de pelo menos R$ 7 milhões de verbas públicas da saúde também foram ouvidas. A identidade delas foi mantida em sigilo. Apesar da confirmação das oitivas, a imprensa não teve acesso ao prédio e os promotores não gravaram entrevista. A equipe de defesa de Silveira não foi localizada.
Ele e outros seis presos por envolvimento no esquema tiveram a prisão temporária prorrogada por mais cinco dias depois que o pedido do MP foi aceito pela Justiça. Entre eles, está o ex-secretário municipal Silvio Bernardin, o empresário Felipe Brás, e ainda os funcionários da Vitale, Thiago Sampaio e Alcir Fernandes Pereira.
Os outros dois são o lobista João Carlos da Silva Junior, o Juninho, e o dono do jornal Correio Popular, Sylvino de Godoy, que segue internado sob escolta no Hospital da PUC. O filho dele, o médico radiologista Gustavo de Godoy, foi detido no dia 26, quatro dias após a última etapa da operação. Não se sabe se a prorrogação será solicitada.
O depoimento de Danilo Silveira se soma a pelo menos outros três depoimentos colhidos até o início desta semana, segundo o promotor responsável, Daniel Zulian. Ele não detalhou quais foram os outros nomes ouvidos, mas confirmou que o Gaeco já começou a avaliar as provas colhidas nos 11 mandados de busca e apreensão.
