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Serviços de radiologia lidam com precarização da atividade e com o descarte incorreto de material

Foto: Divulgação

No dia do técnico de raio-X, comemorado nesta quinta-feira, vem a tona as discussões sobre a atividade, que está precarizada nas unidades hospitalares. Em Campinas, por exemplo, os profissionais reclamam da falta de representatividade, uma vez que deixaram de ser representados pelo sindicato da saúde. Isso na visão deles foi prejudicial, pois perderam poder de negociação com o sindicato próprio.

O técnico em radiologia é um profissional com formação técnica de nível médio que está apto a operar e preparar equipamentos radiográficos para exames em pacientes. Após um curso de nível técnico com duração de dois anos, esse profissional pode exercer sua função em serviços de diagnóstico e de radiologia em unidades básicas de saúde, clínicas, laboratórios, hospitais públicos e privados. A radiologia industrial também é uma possível área de atuação para esse profissional. André Katayama trabalha há cinco anos como técnico de raio-x e teme pelo futuro da profissão. Para a professora de saúde e bem estar do Senac Campinas, Ana Paula Dantas, mesmo com as dificuldades no exercício da atividade, o técnico em radiologia deve ainda buscar qualificações.

Quando se fala no serviço em radiologia, outro tema vem a tona: o descarte correto da chapa de raio-x. A forma despreocupada de jogar as chapas fora faz com que elas vão parar em aterros sanitários e causem diversos problemas, pois elas contaminam o solo e o lençol freático, além de ocasionarem outros problemas. O material é feito a partir de uma chapa de um plástico chamado acetato, coberta por uma fina camada de grãos de prata, sensíveis à luz. O plástico gera riscos para o meio ambiente, demorando mais de cem anos para se decompor na natureza, sem contar que é um derivado direto do petróleo. Já a prata, assim como outros metais pesados, é altamente poluente e prejudicial à saúde, pois se acumula no organismo, causando problemas renais, motores e neurológicos.

A reportagem procurou sete laboratórios para saber como lidam com a questão. Cinco deles disseram que recolhem o material devolvido para a reciclagem. A solução para esse problema vem da tecnologia. Na rede atendida pelo Hospital das Clínicas de São Paulo, a chapa já não é mais utilizada e o paciente recebe a imagem digitalizada, no e-mail, como afirmou a gestora de resíduos do instituto central do HC, Cleonice Bezerra dos Santos. Para se ter uma ideia, no Hospital da PUC Campinas, são realizados pouco mais de 34 mil exames de raio-x por mês. No Mário Gatti, somente de janeiro a junho do ano passado, foram 177.123 exames.

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