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Atirador da Catedral cita massacre e arma em bilhetes

Foto: Leandro Las Casas

As anotações apreendidas no quarto do atirador da Catedral de Campinas citam a intenção de cometer um massacre e de chamar a atenção do Estado. Segundo a polícia, os bilhetes mostram ainda que o autor da chacina se referia com frequência ao dia 11 e possuía a pistola 9 mm há pelo menos um ano.

O delegado titular do 1º Distrito Policial, Hamilton Caviolla, afirma que ele se incomodava com o que chamava de “interferência” de quem o perseguia. No dia 29 de agosto deste ano, escreveu que o Estado e a família negaram ajuda profissional para acabar com esse incômodo e cita um massacre como solução.

Em uma nota escrita em dezembro de 2017, usa os termos “carregar a CZ” para cessar com um barulho enquanto assistia a exibição ao vivo de um jogo de tiro. Para o delegado, a citação da marca da pistola prova que Euler Grandolpho tinha a arma há pelo menos um ano. Mas o período exato ainda será apurado. Como o assassino não possuía fonte de renda e vivia à custa do pai, a aquisição do armamento pode ter sido feita quando ele ainda estava empregado.

Nessa mesma anotação, o homem também diz ter que fazer “algo grande” para que o Estado faça o que chama de “investigação rigorosa do que aconteceu”. O dia 11 também é citado diversas vezes e parece ter relevância na vida do atirador. Porém, não se sabe se a data da chacina foi escolhida por esse motivo.

Os papéis com o conteúdo revelado estão em posse dos investigadores desde o dia do crime. Outros bilhetes, porém, foram apreendidos no último dia 13. As provas foram colhidas em uma segunda varredura na casa do pai do assassino, juntamente com quatro carregadores nunca usados de pistola 9 mm. Os equipamentos estavam escondidos atrás de uma caixa de roupas. Outros itens recolhidos foram CDs, um gravador e recortes de matérias de jornais.

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