O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) abriu sindicância para apurar a conduta de Gustavo Khattar de Godoy,médico radiologista e filho do dono do jornal Correio Popular, Sylvino deGodoy.
Gustavo de Godoy segue preso preventivamente. Seu mandado foi expedido na a 3ª fase da Operação Ouro Verde, que investiga desvios noHospital Ouro Verde durante a gestão da OS Vitale.
O Cremesp irá apurar “possíveis infrações éticas” que teriam sido cometidas pelo médico radiologista. Se for julgado culpado, Gustavo de Godoy pode sofrer desde uma advertência, até ter o registro profissional cassado.
De acordo com as investigações do Ministério Público(MP), o médico participou de um esquema de superfaturamento relacionado aos serviços de imagem que deveriam ser prestados de forma terceirizada por uma empresa dele no hospital.
Além de receber um salário muito acima da média do mercado para o cargo, que seria fruto de uma chantagem nas negociações com a OSVitale, Gustavo de Godoy teria envolvimento ainda em pagamentos de propinas a diretores da Vitale.
Ele também quarteirizava o serviço de forma irregular. Ou seja, ele delegava a outros médicos os serviços para os quais a empresa dele era contratada.
Esta quarteirização ocorreria sem qualquer formalização.Os médicos que prestavam o serviço receberiam R$ 35 por laudo, enquanto a OSVitale pagava R$ 65 por laudo à empresa de Gustavo.
Gustavo de Godoy é um dos oito investigados na terceira fase do caso Ouro Verde, que apura desvios de até R$ 25 milhões do hospital municipal. A tramitação da sindicância pode levar até seis meses.
