Ouça ao vivo

Especialista busca motivações de crime na Catedral de Campinas

Foto

Especialista em saúde mental, Denise Rocha Stefan, busca entender o quadro de Euler Grandolpho para saber o que pode ter o motivado a entrar na Catedral Metropolitana de Campinas e, depois de alguns minutos, efetuar mais de 20 disparos, matando cinco pessoas e ferindo outras três. Na sequência, depois de ser atingido por um policial militar, ele acabou tirando a própria vida.

Algumas informações já foram divulgadas pela Polícia Civil, dentre elas, que Euler morava com o pai mas ficava em um quarto isolado que ninguém entrava, sendo ele mesmo que fazia a limpeza do local. De acordo a Polícia, os investigadores descobriram que o atirador fazia uma espécie de diário, onde anotava placas de carros e outras informações sobre supostas perseguições a ele.

Ele não trabalhava e a renda dele era proveniente da venda de uma motocicleta e que, o próprio pai, liberava o dinheiro. Seu último trabalho foi no Ministério Público de São Paulo, quando foi exonerado em 2014.

Na família, ele também havia passado por perdas. Perdeu um irmão, vítima de câncer no ano passado e também a mãe, falecida há cerca de nove anos.

Para a psiquiatra clínica pela Faculdade de Ciências Médicas Ipemed e perita do juízo criminal e cível, Denise Rocha Stefan, Euler Grandolpho apresentava sinais de um transtorno ativo.

Segundo ela, o fato de ter um distúrbio mental não exclui a possibilidade de poder premeditar o crime, no que diz respeito a pensar o trajeto que deverá ser feito, bem como a compra de armas e munições, além de outros eventuais objetos que vá usar. Denise descartou a possibilidade de um crime passional ou de ódio.

Alda Grandolpho, tia de Euler, disse durante o velório, que o sobrinho já fez tratamento contra depressão e que teria dito à cunhada que havia perdido tudo após a morte da mãe e do irmão. A psiquiatra, porém, não acredita que ele estivesse com um quadro atual de depressão. Para ela, o quadro seria de esquizofrenia.

As investigações estão sendo conduzidas pelo delegado José Henrique Ventura do Deinter-2 e deve ouvir várias testemunhas ao longo dos próximos dias.

Compartilhe!

Pesquisar

PODCASTS

Mais recentes

Fale com a gente!

WhatsApp CBN

Participe enviando sua mensagem para a CBN Campinas

Veja também

Reportar um erro

Comunique à equipe do Portal da CBN Campinas, erros de informação, de português ou técnicos encontrados neste texto.