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‘Funcionários sabiam e não fizeram nada para ajudar’

A promotora de Justiça Gabriela Manssur, integrante da força-tarefa que está recebendo denúncias do caso João de Deus, afirmou em entrevista à CBN nesta segunda-feira (17), que depoimentos de algumas mulheres dão a entender que havia um esquema de pessoas que sabiam o que acontecia dentro da sala. “Essas pessoas pelo menos sabiam, e não faziam nada para deixar de acontecer”, disse.

Em sua avaliação, com a prisão do médium, ainda mais mulheres devem procurar as autoridades para denunciar abusos. “Muitas se sentem mais seguras com o fato de João Teixeira de Farias estar preso”. Somente em São Paulo, 21 pessoas já foram ouvidas e a expectativa é que, até quarta-feira, outras 16 ou 17 prestem depoimentos. Ela também disse que o Ministério Público vai formar um grupo para dar assistência psicológica a essas mulheres.

Gabriela Manssur descreveu os depoimentos como “corajosos, emocionados e que vêm com uma carga de sequelas emocionais muito pesadas”. Segundo a promotora, as mulheres que procuraram o MP são bonitas, entre 20 e 40 anos em sua maioria, (embora tenha relatos de meninas abusadas com 14, 15 ou 16 anos), e que apresentavam situação de vulnerabilidade quando foram procurar o médium.

A promotora comentou a estratégia da defesa de João de Deus, de tentar desqualificar as vítimas. “Em crimes dessa natureza, essa é a tentativa da defesa… para tentar não avaliar o comportamento de quem está sendo acusado, mas sim de quem está acusando e dando declarações que comprovam a existência dos fatos”, afirmou.

Nesta segunda-feira, a defesa de João de Deus deve entrar com pedido de habeas corpus. O médium se entregou no domingo à tarde numa área rural de Abadiânia e passou a noite no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, em Goiás. Ele negou todas as acusações de abuso sexual.

Foto: Cesar Itiberê/Fotos Publicas

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