Os reparos em uma galeria pluvial bloquearam um trecho da Avenida Francisco Glicério, no centro de Campinas, pela terceira vez nos últimos três anos. A interdição muda o trânsito, prejudica comerciantes e preocupa os moradores, que se dizem cansados de ver o problema se repetindo na época de chuva.
Cláudio Ferracini mora em frente ao local afetado, no cruzamento com a Avenida Orosimbo Maia. Ele confirma que a via sofre com o fluxo de água.
A galeria se rompeu pela primeira vez em fevereiro de 2016, em plena execução das obras de revitalização da Glicério. Um ano depois, voltou a afundar. Por esse motivo, quem vive, trabalha, ou passa pelo trecho questiona a qualidade do trabalho feito pelas equipes da Pasta de Serviços Públicos.
Mas além de notar a falta de solução por parte da Prefeitura, Cláudio Ferracini reclama dos transtornos causados pelos desvios no trânsito. Além da Rua Isolete Augusta Sousa, um quarteirão antes, a opção para os motoristas é a Rua Delfino Cintra, dois quarteirões depois da Glicério. As alternativas de trajeto, no entanto, não evitam que o comércio seja afetado. O movimento cai, já que o fluxo de carros fica interrompido para as obras.
O secretário de Serviços Públicos, Ernesto Paulella, reconhece a situação e espera uma verba federal de R$ 100 milhões para uma solução definitiva. O dinheiro integra um pacote de R$ 300 milhões previsto pela Administração Municipal para evitar a ocorrência de enchentes em pontos da cidade. No caso específico da Glicério, o rompimento da galeria é atribuído ao córrego da Orosimbo Maia, que fica cheio e gera um refluxo que afeta a avenida.