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Homem “chave” no esquema, lobista fica calado em depoimento ao MP no caso Ouro Verde

Juninho presta depoimento no MP (Foto: Reprodução MP)

O comerciante João Carlos da Silva Junior, conhecido como Juninho, é considerado pelo Ministério Púbico de São Paulo como um dos articuladores do esquema de desvios de verbas públicas do Hospital Ouro Verde, em Campinas. Os prejuízos já são estimados em R$ 25 milhões.

Tido como lobista pelo MP, ele é apontado como o intermediário entre a Administração Pública, os prestadores de serviços e os donos da Vitale Saúde, antiga gestora do hospital.

Intimado a prestar depoimento no MP, na presença dos promotores do Gaeco, ele se reservou no direito de não responder as perguntas feitas pelo Promotor, Daniel Zulian e classificou a situação como “saia justa”

De acordo com denúncia do MP, Juninho tinha como função “blindar” a atuação direta dos agentes públicos do alto escalão da prefeitura e era acionado quando o grupo por trás da Vitale precisava conversar com o ex-secretário de Assuntos Jurídicos, Silvio Bernardin, que na época, estava à frente da Secretaria de Administração.

Em depoimento ao Promotor Daniel Zulian, Daniel Câmara, um dos donos da Vitale, afirma que Juninho era o homem de confiança de Bernardin.

Durante todo o relatório do MP, ele é citado inúmeras vezes sempre articulando e estando presente em reuniões entre prestadores de serviços, representantes da Prefeitura e Vitale. Daniel também cita que Juninho cobrava uma remuneração por fazer o “lobby” entre as partes e que teria ficado acertado que um dos prestadores de serviços seria o responsável por pagar R$ 10 mil a ele, fato esse que não teria ocorrido.

Daniel Câmara também citou ao Promotor que Juninho cobrava a remuneração, a fim de ter uma fonte de rendimento

Daniel Câmara foi detido em 30 de novembro de 2017 durante a 1º fase da Operação Ouro Verde e encaminhado ao Centro de Detenção Provisória de Limeira. Em maio desse ano teve homologado o acordo de delação premiada junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo e, atualmente, cumpre prisão domiciliar.

João Carlos da Silva Júnior (Juninho) foi preso em São Paulo durante a 3º fase da Operação e trazido para Campinas onde teve a prisão preventiva decretada no último dia 30. Silvio Bernardin também foi detido durante a 3º fase da Operação e segue detido em um presídio de Araraquara, em cela especial, por ser advogado. Os três são réus no processo.

A produção da CBN Campinas não teve retorno do advogado de Juninho e não localizou o advogado de Silvio Bernardin.

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