Ouça ao vivo

Interrogado por 40 minutos, Bernardin permanece em silêncio diante do MP

(Foto: Reprodução/ TV Band)

O ex-secretário de Assuntos Jurídicos, Silvio Bernardin, permaneceu em silêncio durante o depoimento prestado aos promotores de Justiça na semana passada. Foram 40 minutos de interrogatório. Além de vestir roupa marrom do sistema prisional na ocasião, ele estava algemado e com o cabelo raspado, e entrou acompanhado por policiais e por representantes da OAB, já que é advogado. Preso desde o último dia 22, o braço-direito do prefeito Jonas Donizette teria feito exigências à cúpula da Organização Social OS Vitale para a contratação de prestadoras de serviços no Hospital Ouro Verde.

Quem também ficou calado diante dos promotores de Justiça foi João Carlos da Silva Junior, apontado como lobista atuante em negociações entre a Vitale e as empresas que teriam sido indicadas pelo ex-integrante do 1º escalão do governo de Jonas Donizette.

Já Sylvino de Godoy, presidente do grupo RAC e dono do Jornal Correio Popular, não foi ouvido em virtude dos problemas de saúde. O filho dele, Gustavo Khatar de Godoy, já havia sido interrogado anteriormente.

De acordo com o Gaeco do Ministério Público, Gustavo teria sido responsável por um esquema de troca de apoio, superfaturamento de serviços de imagem e pagamento de propina a diretores da Vitale, responsável por administrar o hospital Ouro Verde entre maio de 2016 e novembro do ano passado.

Os demais alvos da 3º fase da Operação e testemunhas foram ouvidos normalmente pelos promotores.

O empresário Danilo Silveira, dono de um laboratório de análises clínicas de Serra Negra, prestou depoimento na sede do Gaeco, na Cidade Judiciária, em Campinas Ele contou que chegou a depositar dinheiro ao lobista Fernando Vitor Torres Nogueira Franco, mas explicou que a quantia era para que novos contratos fossem fechados para o laboratório dele em instituições privadas.

Também foram interrogados o ex-diretor da Vitale, Tiago Pena, que alegou ser responsável pelos setores de apoio ao hospital na época e disse nunca ter recebido dinheiro de corrupção; O empresário Felipe Braz Fernandes, dono de uma lavanderia hospitalar; e Alcir Pereira, ex-diretor administrativo-financeiro da Vitale, que trabalhou na unidade médica entre junho de 2016 e novembro do ano passado.

Todos os alvos da 3ª fase da Operação Ouro Verde tiveram prisão preventiva decretada nesta sexta-feira pela 4ª Vara Criminal, após denúncia por suposta organização criminosa, corrupção ativa e passiva, e peculato.

Compartilhe!

Pesquisar

PODCASTS

Mais recentes

Fale com a gente!

WhatsApp CBN

Participe enviando sua mensagem para a CBN Campinas

Veja também

Alunas da rede municipal vão receber absorventes mensalmente

Em Campinas, uma a cada quatro meninas, entre 10 e 19 anos, faltam à escola quando entram no período menstrual, por não terem condições financeiras para comprar absorvente. O dado é de uma pesquisa realizada pelo Centro de Referência e Apoio à Mulher (Ceamo), órgão vinculado à Secretaria Municipal de Assistência Social. Com os números, a Prefeitura de Campinas lançou o Programa Dignidade Menstrual, nesta quinta-feira (28), que prevê distribuir absorventes.

Reportar um erro

Comunique à equipe do Portal da CBN Campinas, erros de informação, de português ou técnicos encontrados neste texto.