A defesa do prefeito de Campinas, Jonas Donizette, do PSB, define como “pueril” a denúncia que motivou a abertura da Comissão Processante e pede o arquivamento do processo. Para o advogado que representa o Chefe do Executivo, Marcelo Pellegrini, a peça acusatória apresenta infrações que impediriam a continuidade da apuração na Câmara de Vereadores.
O defensor enumera os itens que considera falhas. Entre eles, a falta do pedido em juízo para o compartilhamento de provas e a anexação de documentos após a votação no Plenário da Casa. Na opinião dele, as interceptações telefônicas elencadas com o intuito de comprovar omissão de Jonas diante do desvio de verbas são citações de terceiros ao nome do prefeito.
Outro questionamento é sobre os processos de abertura e de sorteio da Comissão. Para Pellegrini, se um partido é escolhido, os vereadores da mesma sigla deveriam ser excluídos. O documento protocolado pela defesa tem 40 páginas e é dividido em 10 capítulos: seis deles preliminares e quatro sobre o mérito. Além disso, também apresenta 11 testemunhas.
Questionado sobre as afirmações dos defensores de Jonas Donizette, o vereador autor da denúncia, Marcelo Silva, do PSD, se diz tranquilo e chama a estratégia de “tentativa desesperada”. Além disso, alega que os grampos com conversas de outras pessoas foram selecionados porque os indícios que comprovariam o envolvimento direto de Jonas Donizette estão sob sigilo.
A Comissão se reúne no próximo dia 24 para definir se a apuração continua ou não. A data foi escolhida após a revogação do ponto facultativo pelo presidente da Casa, Rafa Zimbaldi, do PSB. A medida será publicada no Diário Oficial. A CP é presidida por Luiz Henrique Cirilo, do PSDB. O relator é Gilberto Vermelho, também do PSDB, e o membro é Filipe Marchesi, do PR.