O Tribunal de Justiça de São Paulo negou, nesta sexta-feira, o pedido de habeas corpus de seis réus no caso dos desvios de verbas públicas no Hospital Ouro Verde.Dentre eles, está o ex-secretário de Assuntos Jurídicos de Campinas, Silvio Bernardin. Com isso, ele segue preso em uma cela especial, por ser advogado, em Araraquara.
Também tiveram negados os HCs os ex-diretores da Vitale Saúde, Tiago Pena e Alcir Pereira, os prestadores de serviços ao hospital e contratados pela Organização Social, Danilo Silveira e Gustavo Khattar de Godoy e de João Carlos da Silva Jr, o Juninho, que atuava como lobista, apontado pelo MP como intermediário entre a Administração Pública de Campinas, os fornecedores e os donos da Vitale. Todos envolvidos no escândalo financeiro cumprem prisão preventiva em vários presídios do Estado.
De acordo com o Ministério Público, todos fazem parte de um esquema criminoso que teria causado um prejuízo ao cofre público municipal de cerca de R$ 25 milhões.
No caso do ex-secretário, o desembargador do TJ, Leme Garcia, citou no despacho as palavras do juiz da 4ª Vara Criminal, Caio Ventosa Chaves, que tinha deferido a prisão preventiva de Bernardin baseado em indícios suficientes de autoria e prova da materialidade delitiva.
Disse ainda que o pedido se deu para garantir a resguardar a ordem pública e impedir que Bernardin e os demais co-réus de cometerem novos ataques contra o erário, bem como preservar a instrução criminal, a fim de que venham prejudicar a produção de provas, por possuírem vasta rede de contatos, inclusive na esfera política.
Também na sexta-feira a justiça revogou a prisão do Diretor Presidente do Grupo RAC e dono do Jornal Correio Popular, Sylvino de Godoy Neto. Ele cumpria prisão domiciliar depois que teve alta do Hospital Puc-Campinas, já que havia sido internado por ter passado mal no momento de sua prisão durante a 3º fase da Operação Ouro Verde, deflagrada pelo MP em 22 de novembro.