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Ministério Público rebate defesa de Sylvino e repudia menções ao MP

Foto: Divulgação

Uma nota divulgada pelo Ministério Público de São Paulo, no início da noite desta terça-feira, rebate os procedimentos adotados pela defesa do Presidente do Grupo RAC de Comunicação, dono do Jornal Correio Popular, Sylvino de Godoy Neto, que segue em prisão domiciliar.

Segundo o MP, é falsa a afirmação do advogado Ralph Tórtima Filho, de que a programação de alta hospitalar do investigado havia sido comunicada ao Gaeco antes da decisão liminar do Tribunal de Justiça concedendo o habeas corpus ao seu cliente.

O Ministério Público apresentou como justificativa o documento da decisão liminar do TJ, que está datada em 28/11/18, às 12:29, e o e-mail do Hospital Puc-Campinas, assinado pelo Diretor Técnico, Nilton Crepaldi Vicente, ao Gaeco, informando que o paciente teria alta apenas na manhã do dia seguinte, documento esse datado em 28/11/18, às 15:02.

O MP informou ainda que o e-mail recebido na data anterior, apenas informava que o referido investigado seria submetido a exames médicos mas nada falava a respeito da alta hospitalar.

Ainda na Nota de Esclarecimento, o Ministério Público disse repudiar a menção do advogado às supostas afirmações inverídicas que teriam constado da manifestação do Ministério Público, ficando clara a intenção do advogado de tentar alterar a verdade dos fatos em benefício do seu cliente e tumultuar o processo.

Durante o cumprimento do mandado de prisão na casa de Sylvino, no último dia 22 de novembro, durante a 3º fase da Operação Ouro Verde em Campinas, o relatório complementar do Gaeco informa que foram encontradas duas armas, sendo uma pistola e uma carabina calibre 12.

No relatório do promotor do Gaeco, José Tadeu Baglio, que acompanhou o cumprimento do mandado de prisão, ele cita que Sylvino estava bastante nervoso com a situação, e que disse que “aquilo não iria ficar desse jeito” e perguntou quem era o promotor responsável pela ordem de prisão e pelas buscas. Ele ainda pediu para que a filha ligasse ao Jornal e pedisse que uma equipe de reportagem fosse até lá para acompanhar as buscas. Pediu ainda para que procurassem alguma matéria do Ministério Público, mesmo que antiga, e que a colocassem na capa do jornal.

Ao ser constatado por um vizinho médico que Sylvino estava passando mal, até por ter passado por um procedimento cirúrgico e colocação de um stent em razão de patologia cardíaca, ele acabou encaminhado ao Hospital Puc-Campinas onde permaneceu internado por seis dias, período esse em que a defesa conseguiu o habeas corpus e hoje ele segue em prisão domiciliar até que os esclarecimentos sobre o estado de saúde dele sejam fornecidos pelo Hospital da PUC. A Defesa de Sylvino recorreu também do pedido de prisão preventiva decretado na última sexta-feira.

O advogado Ralph Tórtima Filho foi procurado pela reportagem e disse que a defesa de Sylvino mantém sua posição. A matéria publicada no jornal impresso, no mesmo dia da deflagração da operação, evidenciou que o argumento utilizado para pretender a prisão do investigado não condiz com a verdade. Inclusive, por conta disso, o Juiz da 4a Vara Criminal foi sim levado a erro pelos Promotores. Ele ainda disse que mantém a posição no sentido de que a alta médica não teve qualquer relação com a liminar concedida pelo TJ. O corpo clínico que atuou nos cuidados do paciente é idôneo e jamais serviria a qualquer interesse diverso daquele direcionado à saúde do paciente. Verifica-se, também, que a petição da defesa não foi lida com a merecida atenção.

Por fim, Ralph Tórtima Filho disse que, o que ele afirmou foi que a liminar foi concedida no mesmo dia em que comunicada a data da alta médica. Em momento algum ele afirmou que a comunicação feita ao Gaeco deu-se anteriormente à liminar.

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