A votação contrária na Câmara de Campinas a um novo pedido de abertura de Comissão Processante para investigar o prefeito Jonas Donizette foi motivo de indignação de Tenente Santini, vereador independente do PSD, autor do pedido da CP, que não passou no Legislativo, com 25 votos contrários e apenas seis favoráveis.
Desta vez, os trabalhos iriam se concentrar na denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal sobre a participação de Jonas num suposto desvio de R$ 2,8 milhões da merenda escolar. Jonas já é alvo de uma Comissão Processante que investiga o desvio de verbas do hospital Ouro Verde e esta seria uma segunda CP.
Para Tenente Santini, no caso da Operação Ouro Verde, os parlamentares votaram favoravelmente para não se prejudicarem politicamente diante da opinião pública , mas blindaram o prefeito no segundo pedido de Comissão processante, como ele já previa.
A CP do Ouro Verde já instalada tem o objetivo de esclarecer se Jonas foi omisso nos desvios de verbas públicas no Hospital Ouro Verde e Santini diz esperar que ela não acabe em pizza. Uma situação que não deverá ocorrer, de acordo com o vereador José Carlos, do PSB, da base governista.
Em relação à CP da Merenda, o vereador José Carlos, alega que foi barrada como prudência, afirmando ser necessário aguardar o desfecho da primeira CP, para depois, se necessário, abrir uma segunda.
José Carlos alega ainda que no caso da merenda, a denúncia ainda não foi acatada pela Justiça. Na votação CP da Merenda, o vereador Tenente Santini, ficou impedido de votar, porque foi o autor do pedido, dando lugar ao seu suplente, Ângelo Diniz. Além de Diniz, votaram favoráveis à abertura da CP os vereadores Marcelo Silva, também do PSD, Pedro Tourinho e Carlão, ambos do PT, Mariana Conti do PSOL e Nelson Hossri, do Podemos.
