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Polícia apura como atirador comprou e aprendeu a usar armas

Foto: Reprodução/ Facebook

A família do atirador que matou quatro pessoas e feriu outras quatro antes de cometer suicídio na Catedral de Campinas disse não saber como ele comprou e aprendeu a manusear a pistola 9 mm com quatro carregadores e o revólver 38.

Ouvidos pelos investigadores, o pai e a irmã de Euler Fernando Grandolpho disseram que ele não trabalhava e não tinha recursos próprios para adquirir os itens. Além disso, nunca havia indicado saber usar armas, ou praticar tiro.

O delegado titular do Deinter 2, José Henrique Ventura, diz que o homem de 49 anos vivia às custas do pai, que liberava aos poucos o dinheiro da venda de uma motocicleta. O fato da semiautomática ter o uso restrito também será apurado.

O armamento estava com a numeração raspada. Ainda assim, será avaliado de forma detalhada pela perícia, que já sabe que somente a pistola foi usada. O assassino usou dois pentes, com 22 balas, mas tinha outros dois na mochila.

A Polícia supõe que ele tenha feito o trajeto até Campinas de ônibus, já que não possuía meio próprio de transporte. Uma hora antes dos crimes, por volta do meio-dia, almoçou com a família no condomínio onde morava em Valinhos.

No quarto dele, foram apreendidos um computador, um notebook e um celular. Cartas, anotações e cadernos também já estão em posse dos investigadores. Tudo será analisado com a intenção de encontrar algum motivo para os crimes.

De acordo com o delegado José Henrique Ventura, o pai não relatou qualquer desavença com Euler, mas contou que o filho era reservado e recluso, fazia a limpeza de onde dormia e não permitia que pessoas entrassem no cômodo.

O responsável pelo Deinter 2 afirma que o atirador teve depressão, mas não passava por tratamento contra a doença recentemente. Pelo que foi ouvido inicialmente, acreditava que era perseguido e vigiado por familiares e vizinhos.

Apesar de acreditar que ele tenha usado o transporte público, a Polícia Civil quer traçar o trajeto feito por Euler até a Catedral Metropolitana de Campinas. A intenção também é apurar se ele se encontrou com alguém no caminho.

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